terça-feira, 12 de julho de 2011

Chaves e combinações


  
De vez em quando, na nossa vida, tudo aquilo que tomávamos como seguro, pelo menos em termos imediatos, é abalado pelas estruturas. Já todos passamos por um processo destes, ou com a morte de um ente querido, algum desgosto de amor, uma desilusão profissional… São coisas que nos modelam, dizem, servem para separar o trigo do joio. O caminho para a perfeição não se faz caminhando sobre veludo, mas sim por terras áridas, por desbravar.
Será? Serão as provações, por si, exaltadores de qualidades que de outra forma não seriam despoletadas? É algo que me intriga neste momento. Se por um lado, temos em nós todo um manancial de possibilidades, também é verdade que as desconheceremos se nunca surgirem as hipóteses de as chamar à acção. Seremos um somatório de caixinhas, que só se abrem com a chave e a combinação certa? Todos seriamos génios embrionários. Alguns teriam a sorte, ou infortúnio, de reunir todas as condições para que tal sucedesse. Outros não. No fundo tudo se resumiria ao acaso… ou se preferirmos, à força do destino, de uma entidade divina, que nos manieta, entre o sério e o divertida. No entanto, onde entraria aqui o livre arbítrio? Seria uma das chaves,  ou um dos factores da combinação…? Até uma próxima..