domingo, 30 de dezembro de 2012







Dança comigo ao luar
Envolve a minha cintura fina nos teus braços
Diz-me que me queres
E que nunca mais nada irá mudar.
Que sempre, será para sempre
E que me abraçarás até o sol raiar.
Não quero a Lua
As estrelas
O azul-escuro do céu.
Nem o Sol
As nuvens
 Ou as ondas do mar.
Quero que olhes bem fundo dentro de mim,
Dispas a minha alma do meu corpo
Proves a minha essência
 Mergulhes no meu ser
 Que te apaixones por mim
Digas que me amas
E que a nossa história não terá fim.
Que me aconchegues a ti
De olhos fechados a sonhar
E que não me deixes acordar.




terça-feira, 18 de setembro de 2012

sábado, 15 de setembro de 2012







 A noite está quente, a casa quase em silêncio.
 Apenas se ouvem  uns tap, tap ocasionais. É a Morgana, que deambula pela casa, cabriolando aqui e   a li, indiferente às horas.
 Aqui sentada, de phones postos, deixo-me transportar para outros tempos, outros mundos.  Recrio-me, transformo-me, acompanhando os acordes que vou ouvindo e voo. Nestes momentos, noite dentro, sinto-me livre. Volto a ser a menina que sonhava que um dia conseguiria pegar na lua, a rapariga que se sentia fascinada pelo mar, a mulher que só queria amar… e toco o céu! O mundo, as estrelas, o universo voltam a ser meus e tudo é possível. Por um momento, fugaz, é verdade, mas por um momento … Meu Deus, por um momento! Não o trocaria por nada.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Quero um amor, como aqueles do cinema








Quero um amor
Como aqueles do cinema
Com desencontros e encontros e muitos poemas
Quero brilhos no olhar
Canções cheias de romance
Beijos quentes numa noite de luar
Danças entrelaçadas até o dia raiar
Quero uma banda sonora sempre a acompanhar
Braçadas de flores, champagne  e  o mar
Vestidos de sonho, cabelos a esvoaçar
Quero rir de coisas tontas e segredar
Adivinhar os contornos do teu corpo
Fechar os olhos e suspirar
Quero o mundo
Fugir contigo
E quem sabe jamais regressar
Quero adormecer
E  Sonhar
Sonhar com um amor
Como daqueles do cinema
Que surgiu num dos meus sonhos
E afinal…
Afinal  se esfumou no ar.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A Lua




Meu Deus… Como está linda.
A lua brilhava, soberana, majestosa no céu. Como um íman atraía olhares. A rapariga que passava, abrandou o passo,  presa ao brilho hipnotizante.
“ O brilho da lua é tão forte… - pensava ela – será que, se olhar por muito tempo, com todas as minhas forças, poderei ver, ou pelo menos sentir… dizem que a lua é mágica. Interfere nos partos, influencia a força das marés … porque não? Se duas pessoas olharem ao mesmo tempo para a lua … poderão ser capazes de encontrar  a energia necessária para criar uma passagem intemporal… o que uma sentir… poderá ser percecionado pela outra. Se o que partilharem for muito intenso, poderão mesmo acabar por se conseguir ver, refletidas, lá no outro lado.
Será que sim Lua? A Lua sorriu só para ela, como que a dizer que sim.
Oh! – Lembrou-se ela – mas também dizem que a Lua é mentirosa! Lembro-me de me terem dito isso quando era pequena: Quando parece estar a crescer, lembrando um C, está de facto a diminuir, e vice-versa. Patetices! Mas seria bom! Muito bom!
 Ou não! Também poderia ser triste. Normalmente temos tendência a pensar apenas em coisas boas. E se fosse só uma das pessoas a possuir a energia necessária? Ou ainda, se tudo não passasse de uma fantasia de uma delas, acarinhada e alimentada diariamente, ainda que com a aquiescência da outra? Embora muito menos agradável, não deixaria de ser uma hipótese válida e não tão descabida quanto se poderia pensar à primeira vista.
De sobrolho franzido, emersa numa torrente encadeada de pensamentos e deduções, a rapariga retomou o seu passo, colocando, sem se dar conta primeiro um dos pés, depois o outro, no mar de luar que se espraiava à sua frente. As águas eram quentes, doces e aconchegantes. As gotas de prata colavam-se à sua pele, atalhando caminho por entre os tecidos, músculos, sangue, atraídas para um ponto específico, fulcral, para o qual confluíam.
 A rapariga olhava as miríades multicolores de luz e brilho fascinada mas ao mesmo tempo temerosa e no entanto, incapaz de desviar os olhos daquele brilho que sem saber a consumia e tomava como sua até não restar mais nada a não ser uma centelha que ziguezeando partiu ao sabor do vento, em direção a parte nenhuma.
Meu Deus, como está linda a Lua! – pensou a rapariga, retomando o seu caminho.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

 Meu amor…. 
 Lembras-te?
 Fecho os olhos,
 Enquanto escrevo e tento
 Tento
 Ver-te
 Sentir-te
 Cheirar-te
 Desenho o teu corpo no vazio.
 Lembras-te?
 Lembras-te de como o tempo passava depressa
 Do vento revolto no meu cabelo alinhado
 Dos nossos corpos salgados de suor
 Dos beijos abraçados
 Das lágrimas de prazer
 Meu amor…
 Lembraste?
 Eu lembro-me
 Lembro-me
 Num tempo que não vivi
 Da pessoa que nunca fui
 De ti, que nunca conheci.
 São castelos
 Nuvens brancas
 Ondas mansas
 Sombras e contornos
 Largados ao vento
 Ligados por um fio de luz
 Num baraço de esperança.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

De que serve?

 De que serve?
 De que serve sorrir e abraçar-te?
 De que serve gritar ao vento as palavras que não te digo?
 De que serve sorver a tua dor, secar as tuas lágrimas, lavar a tua mágoa?
 De que serve?
 Se não sou eu quem está nos teus olhos quando ris…
 Se não é a mim que tens nos braços quando me apertas contra ti…
 A tua dor… a tua dor, essa tornou-se minha,
 Mas os teus olhos… esses não choram por mim.
 Lembram os dias passados de calor sol e mel,
 Sem mim.
 E eu aqui,
 Só, mas contigo,
 A pensar em ti.