quinta-feira, 23 de abril de 2015







Dança comigo ao luar
Ignora o frio
 Abraça-me
 Envolve a minha cintura fina nos teus braços
Diz-me que me queres
E que nunca mais nada irá mudar.
Que sempre será para sempre
E que me abraçarás até o sol raiar
Não quero a Lua
As estrelas
O Azul escuro do céu
Nem o Sol
As nuvens
 Ou as ondas do mar
Quero que olhes bem fundo dentro de mim
Dispas a minha alma do meu corpo
Mergulhes
Proves a minha essência
 Que te  apaixones por mim.
Digas que me amas
 Que a nossa história não terá fim.
E que por fim me embales nos teus braços
E não me deixes acordar.

Frases



Frases de circunstancia, frases cheias de sabedoria, frases de conselhos de vida, frases bem humoradas, frases zangadas, frases tristes, frases alteradas, frases gritadas, frases queixosas,frases conciliadoras, frases compassadas, frases lentas, frases sussurradas, frases acariciadas,frases cúmplices, frases românticas,frases cheias de volúpia, frases de amor, frases de amargura, frases de dor, frases.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Um dia





Alice estava sentada, de pernas cruzadas, numa mesa de café. A sala, aos poucos ia-se compondo, apesar de ainda ser bastante cedo. Gostava de se perder, impregnar as paredes com os seus pensamentos, colorir os vidros com as suas cores, pendurar reflexos nos espelhos. Vagueava pela sala, numa dormência vagarosa, até se prender. Podia ser num objeto, num raio de luz, numa flor. Nunca sabia  qual. O que sabia é que era sublime. Às vezes nada acontecia. Podiam passar minutos, horas, dias e ela ali, suspensa, viciada naquele abandono . Até aquele dia, em que o desespero falou mais alto e o fio se soltou de vez dentro de si, naquela arriba do Guincho . No ultimo minuto sentiu uma garra que a puxava para a vida,  que lhe rasgava as entranhas e a dividia em dois. Uma Alice ficou ali, inerte, à beira do abismo. A outra enfrentou as águas frias e mergulhou de cabeça, olhos bem abertos, no vazio.
Já tinha passado tanto tempo…
Alice perscrutava a sala. Sabia bem o que procurava. Corria o café de uma ponta a outra, vasculhava todos os cantos, inspecionava todos aqueles que entravam, desde a velhinha mal-encarada e carcomida até ao galã de trazer por casa que não parava de lhe fazer olhinhos.” Idiota! Como se fosse parar por aquilo.”
  As suas cores escorriam, meio desbotadas pelas janelas do café e os reflexos, teimosos, estavam sempre tortos, de soslaio. Sentia-se a desesperar. Fechou os olhos e com um suspiro de resignação levantou-se, em direção à saída. Ainda não tinha sido hoje. Voltaria amanhã, e depois e depois e quantas vezes mais, mas voltaria. Aquele dia seriam muitos dias, repetidos por ela, vezes sem fim até …  até dar de caras consigo. Tinha a certeza que continuava por lá. Às vezes conseguia sentir-se, por um breve momento. Outras, num relance apanhava um movimento que parecia seu. Um dia, um dia voltaria a encontrar o fio que a levaria ao encontro de si. Um dia.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Passsado revisitado








Hoje revisitei o meu passado.
Á minha frente foram passando flashes de episódios. Caras felizes, gargalhadas, sorrisos, olhares melancólicos, bicicletas a rodar, mergulhos, rostos queimados pelo sol a saber a sal, fins de tarde dormentes e mornas, noites longas.
E vi o mar, mar pleno, cheio, agreste mas acolhedor.
O mar em que tantas vezes, num fascínio hipnótico, mergulhei fundo, por completo, de corpo e alma, horas e horas a fio, olhos no infinito, sem pensar, perdida no ar. Quem sabe, não estarei ainda por lá, à espera de um dia despertar…


domingo, 30 de dezembro de 2012







Dança comigo ao luar
Envolve a minha cintura fina nos teus braços
Diz-me que me queres
E que nunca mais nada irá mudar.
Que sempre, será para sempre
E que me abraçarás até o sol raiar.
Não quero a Lua
As estrelas
O azul-escuro do céu.
Nem o Sol
As nuvens
 Ou as ondas do mar.
Quero que olhes bem fundo dentro de mim,
Dispas a minha alma do meu corpo
Proves a minha essência
 Mergulhes no meu ser
 Que te apaixones por mim
Digas que me amas
E que a nossa história não terá fim.
Que me aconchegues a ti
De olhos fechados a sonhar
E que não me deixes acordar.




terça-feira, 18 de setembro de 2012

sábado, 15 de setembro de 2012







 A noite está quente, a casa quase em silêncio.
 Apenas se ouvem  uns tap, tap ocasionais. É a Morgana, que deambula pela casa, cabriolando aqui e   a li, indiferente às horas.
 Aqui sentada, de phones postos, deixo-me transportar para outros tempos, outros mundos.  Recrio-me, transformo-me, acompanhando os acordes que vou ouvindo e voo. Nestes momentos, noite dentro, sinto-me livre. Volto a ser a menina que sonhava que um dia conseguiria pegar na lua, a rapariga que se sentia fascinada pelo mar, a mulher que só queria amar… e toco o céu! O mundo, as estrelas, o universo voltam a ser meus e tudo é possível. Por um momento, fugaz, é verdade, mas por um momento … Meu Deus, por um momento! Não o trocaria por nada.