Procurei uma nuvem, dentro da minha cabeça e escondi-me lá.
Como não bastava, criei um banco de nevoeiro.
Levei o dia assim, umas vezes pairando, outras flutuando, cinzenta, sombria, desbotada.
Não bastou.
Bom seria poder sair de mim, nem que fora por um momento e poder tocar-te, abraçar-te, chamar-te à razão,
Entrar por uma nesga desse pedaço de tempo, por onde andas,
Voltar atrás…
Chamar-te…
Contar-te o como seria …será… é…Foi.
Pegar uma volta sob a volta e defraudar o tempo.
Foi-se a nuvem, o nevoeiro, todas as almofadas fofas que me protegiam,
E eu caí.
Hoje foi assim.